RockFeller Center

O Rockefeller Center ou também Rockefeller Plaza, é um complexo de 19 edifícios comerciais que ocupam uma área de 89 000 m² entre as ruas 48th e 51st na Cidade de Nova Iorque. Construído pela família Rockefeller, está localizado no centro de Midtown Manhattan.

É atualmente uma das principais atrações turísticas de Nova Iorque, especialmente no inverno, quando a praça principal do complexo está decorada com uma grande árvore de natal, bem como possui uma grande pista de patinação.

O complexo foi designado, em 23 de dezembro de 1987, um edifício do Registro Nacional de Lugares Históricos1, bem como, na mesma data, um Marco Histórico Nacional.

O Rockefeller Center também abriga o Radio City Music Hall e a sede da NBC, cujo estúdio 8H é gravado o célebre Saturday Night Live. A série de televisão 30 Rock tem o nome inspirado no prédio. A série se passaria no edifício Rockefeller.

Ainda com a cabeça cheia de tons púrpuras ciganos por conta da pequena introspecção em que havia se metido, Elliot vê que nada acontecera com Dorothy, tirando o susto repentino. Ele remove a mão do rosto da carniçal e ajeita o chapéu e os óculos escuros que deixam seu pálido rosto (que possuía respingos de seu próprio sangue até então) mergulhado em sombras. O Rockefeller Center não devia estar longe...


A carniçal retoma o voltante e Elliot guarda o lenço encharcado de sangue no porta-luvas. Alguns minutos depois, ambos chegam ao Rockefeller Center. Ele deixa o carro a ser estacionado e galga os passos na escada até o elevador. Elliot sente um aroma agridoce e alaranjado permear o ar, até os sons ambientes tingem sua mente com o laranja e o amarelo. Seu nariz capta cheiros efervescentes que circundam todo o prédio, cujas formas lembravam o caitiff de Lewis Carrol... Por um momento ele se sente na hora do chá, indo encontrar a lebre e o chapeleiro.

Elliot espera não estar atrasado.

" -  Ora, acho que passei de mágico de Oz a Coelho Branco. É tarde! É tarde, tarde, tarde, ai, ai, meu Deus, alô, adeus, é tarde, é tarde, é tarde..." o vampiro cantarola, como o personagem de Alice.

O Caitiff passa pela estatua de Atlas relembrando-o do peso do mundo.. e o eminente fim se o Titã se cansasse do seu mister...



Enquanto caminha perdido em devaneios o celular do Caitiff informa a chegada de uma msg

SMS escreveu:

Caro Elliot, estou a sua espera no salão de chá no 8 andar... Teremos um convidado,,, Espero que não se importe. Hanni

Elliot vê a chegada da mensagem, e acerta o botão do oitavo andar. Ele ri quando vê a mensagem.

" - Um convidado? Quão conveniente... A Lebre e o Chapeleiro se reúnem, e o Coelho Branco chega em seguida. Só falta Alice e, talvez, o gato Risonho. Será um bom desaniversário."

A estátua de Atlas na entrada lhe lembrou que o temor e a loucura, os tons predominantes naquela escultura, são pressões que temos de suportar na convivência hodierna naquelas noites, se quisessem sobreviver...

O que lhe fez lembrar que talvez o primógeno malkaviano pudesse lhe dizer mais sobre as Dez Cabeças do Rei dos Rakshasas.

Elliot adentra o elevador panoramico aperta o numero 8 e o mesmo é içado...

Para sua surpresa esta tocando garota de ipanema e o sabor da musica e de banana...

Sente como se tivesse tomado a poçao de crescer de Alice ja que enquanto sobe o mundo abaixo fica pequenino...

O Elevador para no oitavo andar abrindo suas portas em um café requintado... um leve olhar pelas mesas e o Caitiff distingue seu anfitrião... Um Jovem beirando seus 30 anos... Cabelos castanhos.. Um brilho homicida nos oolhos... Ele se levanta quando percebe a chegada de Elliot...

Estava diante de Hanni, O Canibal

As placas dizendo que o fim estava próximo faziam sentido. O fim de sua caminhada estava próximo, afinal, chegara ao local onde deveria encontrar o Primógeno.

O Malkaviano se deixa levar pela multidão, pela imensidão das construções daquela cidade, e absorto em pensamentos ignora que seria bem difícil encontrar o Ancião sem ter instruções prévias.

O padrão das lâmpadas e o constante piscar da corrente alternada atraem Jasper, imaginando que se a eletricidade fosse uma emoção seria uma das mais fortes. Mas afinal, eram impulsos elétricos que traziam a emoção, impulsos que morreram quando seu corpo morrera. Não entendia como outros Membros ainda as sentiam, ainda entenderia, ainda entenderia.

Elliot adentra o elevador e saboreia a bossa-nova que toca. O sabor é de banana, mas o efeito era semelhante ao cogumelo que faz Alice crescer quando entra na casa do Coelho Branco.

O ambiente continua com o brilho amarelado da insegurança e o teor alaranjado agridoce da loucura...

Quando o elevador abre suas portas, o aroma de chá enche suas narinas, seguidos por um brilho esverdeado, sem fazer sumir os tons alaranjados que permeiam o ambiente.

Elliot não precisa procurar muito para encontrar Hanni... Ele vislumbra o homem com olhar homicida sentado em uma das mesas e logo percebe que havia chegado ao recanto do Chapeleiro. Em verdade, o olhar do homem, em conjunto com o seu nome, "Hanni" faz Elliot se recordar das figuras demoníacas japonesas, os diabos "Hanya" do teatro kabuki.

A expressão era a mesma. Elliot estava diante de um monstro. Isso, de certa forma, faz o Coelho Branco sentir-se mais à vontade. Elliot remove o chapéu e os óculos escuros por um momento. Hanni sabia sobre suas condições e era alguém em quem Próspero confiava.

Era uma reunião de "esquisitos" ali, e, aparentemente, a Lebre ainda estava por chegar. Fazendo uma reverência vitoriana, o caitiff cumprimenta o anfitrião:

" - Boa noite, primógeno Hanni. Meus sinceros cumprimentos e perdoe-me caso tenha me atrasado. Ouvi muito a seu respeito, meu senhor nutre muita estima por você... Gostaria de nutrir boas relações com a Camarilla e, em especial, com seu clã, durante minha estadia."

Não era bem o modo mais divertido de se iniciar uma conversa, mas serviria...

OFF: Isso aqui é um Hanya (alguém lembra do vilão de Samurai X?)

JASPER

Enquanto caminha em direção ao Atlas, um dos titãs da Grécia Antiga, o celular do Malkaviano vibra informando a chegada de uma mensagem

SMS:

ELLIOT

O primogenito sorria...

Ele indica uma cadeira para que o Caitiff se sentasse... Antes de falar Hani toma a liberdade de servir chá ao Vampiro... Elliot verifica que as ações do Malkaviano de alguma forma apertavam-lhe o peito, como uma sensação de medo controlado... Sentia cheiro de vitae derramada...

Enfim ele falara

Meu caro. Fico feliz em ter alguém como você dentro dos limites do nosso querido reduto de monstros...Nossa companhia não tardará a chegar... Seremos então um completo grupo de criaturas esclarecidas...Se o fim de nossa especie não estivesse tão próximo diria que tinhamos uma eternidade de assuntos similares...

Ele pausa e leva a xicara à boca... sorria como o Gato de Cheshire ao abaixa-la...

Creio que fora isso que vira em sua mente não? O Fim do Mundo....

Jasper sorri ao ver o Titã, seu sonho fazia sentido, o celular vibra, o Primógeno sabia que ele chegara e informa onde estava, o Titã tinha olhos, e Jasper olha no fundo dos olhos da estátua, esboçaria um sorriso, se isso importasse.

Então se dirige ao elevador, aperta o 8º andar, e começa a subida ao encontro do Primógeno.

" - Esclarecidos, você diz? Hmmm..."


Elliot logo percebe que o primógeno era versado em assuntos do oculto. Muitos malkavianos o eram... Talvez na esperança de que o conhecimento os livrasse da loucura, ou teriam se tornado loucos em razão da sabedoria que buscavam? Isso Elliot não sabe responder.

O malkaviano certamente era um monstro e encontrava em Elliot, outro semelhante (estava estampado na face, oras!), muito embora o penitente caitiff planeje superar essa forma de algum modo, e este propósito faça parte de suas motivações para visitar Nova York.

O caitiff remove o chapéu e os óculos, revelando uma visagem extremamente pálida, olhos amarelados e os longos cabelos louro-brancos que escorriam até as costas da sua magra figura de dois metros. Ele os vestiria novamente, assim que chegasse o outro convidado, não planejava assustar Lebres aquela noite.

" - Senhor Hanni, certamente temos muito o que discutir, mas preciso pedir que não comente sobre minha, digamos, "condição" com o outro convidado. É o que meu senhor pediu. Agora, diga-me, você falou em eu ter visto o fim do mundo, e creio que esteja certo. Sonhei com o Rakshasa de Dez Cabeças, a criatura da mitologia hindu, esta noite... Isso poderia dizer respeito aos ravnos. Gostaria de ouvir sobre você, sonhou com algo? Acredita que esses sonhos sejam suficientes para afirmar algo tão grave, sobre o fim da nossa espécie?"

ELLIOT

Normalmente a condição do Caitiff causaria desconforto entre os humanos... Estava acostumado a isso... No entanto, estranhamente, esses mesmos humanos que estavam no recinto seguiam suas vidas... Podia até mesmo jurar que um deles olhos atraves dele...

Decerto, o Malkaviano flava com brilho nos olhos, sua condição será mantida entre nos...

O Malkaviano ouvia Elliot... e sorria...

Creio que nosso convidado, que se aproxima, tal qual Alice, está acordando em um mundo que não conhecia... E ele terá muito que ouvir de nossa conversa... Ah! esta ele

O malkaviano se levanta, no mesmo momento em que o elevador sinaliza a chegada no Café... Premonição talvez...

JASPER

Jasper adentra o elevador panorámico... Um caixão de vidro balançando no nada... Via cada vez mais distante as pessoas abaixo de si... A Cidade seguia seu rumo inexorável a sua própria perdição... Os números indicavam seu avanço até o inevitável encontro com Hani... Sentia-se uma mariposa em direção a luz...

Finalmente seu elevador abre e ele vislumbra um rico e decorado café... Muitos humanos estavam no local e estranhamente um homem estava de pé como se o aguardasse...

Ele sorria e estendia a mão...

Sr. Jasper... É um prazer

A situação o atraia como o perigo atrai os aventureiros. Encontraria o Primógeno, e ele sabia que existia algo de errado com o Cainita antes de encontrá-lo, mesmo assim, não titubeava nenhum segundo, e assim que o elevador se abre, aquele homem em pé imediatamente o atrai.

Internamente ele sabia que se tratava de Hanni, sabia que se tratava de um psicopata, sabia que se tratava de um sábio, e aquilo intrigava Jasper, diziam que psicopatas não tinham emoções, Lincoln queria saber se aquilo era verdade, e sugaria a emoção da aura intrépida do companheiro de Clã.

Estica a mão o cumprimentando.

"- Um prazer imenso encontrar um ilustre colega."

O Malkaviano tenta esboçar um sorriso para o Malkaviano, mas o resultado é desastroso, e aparentemente a boca de Jasper havia ficado como uma linha, absolutamente reta, dando uma aparência bizarra ao rosto inexpressivo do Cainita.

Ao ouvir que o convidado chegava, Elliot põe novamente os óculos escuros e o chapéu, ocultando um pouco sua aparência.

O caitiff se levanta para cumprimentar o convidado recém-admitido no salão.

Ele realmente parecia um pouco perdido... O primógeno acertara novamente. Jasper adentra o recinto e com ele, traz uma brisa alaranjada, em tons mais claros, mais "rala" do que a que permeava todo o prédio do membro da primigênie.

Elliot agora entende que o primógeno deveria situar o mais novo integrante do ambiente e por isso havia muito o que se discutir.

Não querendo ser grosseiro, o caitiff aguarda.

O Primogenito Malkaviano sorri para Jasper convidando-o a se sentar e apresentando seu companheiro..

Meu caro Jasper esse é o Sr. Elliot... Um estudioso que nos guiará em nossa conversa...

Ele aguarda que seu companheiro de Clã se estabeleça e derrepende sem qualquer aviso, o cenário em que os Vampiros estavam muda completamente... era como se tivesse passado para uma dimensão onirica, perdida no tempo e na mente... Percebiam com seus outros sentidos que ainda se encontravam no Cafe do Rockfeller Center, mas sua visão os ludibriva estavam em um quarto cinza... sentavam em uma grande mesa cheia de apetrechos e coisas morbidas...



Ben vindos Senhores a minha mente...Creio que não haveria lugar mais seguro para termos essa conversa...Ainda mais agora que nenhum local sera seguro nas próximas noites, ante o despertar de um dos Antideluvianos

O Primógeno o apresenta a um mórbido Cainita de óculos e chapéu, talvez fosse um Nosferatu, não conseguia identificar de primeira vista, ele estava ainda calado. Jasper olha para Elliot e o cumprimenta com a cabeça, porém, sem esboçar uma tentativa de sorriso.

"- Senhor Elliot, um prazer dividir minha mente contigo."

E então, assim que se senta com o anfitrião, eles realmente começam a dividir uma mente, de maneira mais literal, novamente Jasper se sente tendo uma visão. Ele conhecia o sentimento de estar na mente de outra pessoa, ele se lembrava disso a um tempo atrás, e se lembrava de um rosto queimado, um rosto que nunca era visto nas mentes alheias, mas em sua mente ele sempre lembrava, e um grito de horror.

O Cainita pisca, e novamente estava naquele recinto cinza, os barulhos a sua volta, relativamente abafados, indicavam que ainda estavam num café público, mas na prática estavam onde Hanni estava, dentro de sua própria consciência, o lugar mais seguro do mundo, pois a mente de um Malkaviano é tão particular e única, que ninguém que não seja autorizado, conseguiria bisbilhotar e manter sua sanidade.

Jasper se aquieta sem demonstrar nenhum apavoro com a situação, nem com a frase Apocalíptica do Primógeno.

"- Agradeço imensamente o convite, a mente é sagrada e compartilhar nossas ideias não teria melhor lugar do que numa consciência iluminada, como o Família possui. Pude notar que vosso Atlas tem olhos atentos, imagino o que mais o Titã vê por esse mundo afora, enquanto suporta o peso do céu."

Elliot assente com a cabeça:

" - O prazer é meu, nobre colega. Um amigo de Hanni é meu amigo também."

O pálido caitiff compartilha um mundo onírico com os demais indivíduos, sua mente exalava uma aura azulada e lembrava a sensação de uma noite de verão em uma pradaria irlandesa.

Embora necessário, talvez fosse perigoso ficar tempo demais naquele ambiente. Então que fossem diretamente para a hora do chá. Embaralhando as auras alaranjadas dos demais Membros, o caitiff comenta:

" - Eu concordo com os termos, mas eu não tenho tamanha facilidade em dividir a mente quanto os demais Membros da Família. Entretanto, estou aqui a dispor do senhor Hanni, pelo tempo que puder ficar... E espero poder iluminar algumas dúvidas pessoais também."

O Primogeno vestia um sorriso que beirava a psicopatia... Seus convidados sentiam sua aura ao mesmo tempo acolhedora e opressora... como uma naja que encanta sua vitima antes da mordida fatal... A mão esquerda do Malkaviano descansava sobre um cranio humano enquanto ele mesmo sentava em uma cadeira de espaldar alto cujo couro era intrigante...

Meus caros..., ele começou, mi casa es su casa fiquem a vontade como se a mente fosse de voces

Ele se levanta, tanto Jasper quanto Elliot podiam ver a aura alaranjada que o permeiava...

Creio que todos estamos vibrando na mesma intensidade sr. Elliot, tive essa preocupação antes de trazer o Sr. ao quarto de despejo que é mente de um Malkaviano. Quanto ao Sr. Jasper, creio que ele está acostumado a própria condição peculiar para estranhar a minha mente

Ele anda passando a mão na mesa, até chegar atras dos Cainitas e os abraça falando aos seus ouvidos

Vocês tambem ouvem não? O grito do aperto dos amaldiçoados.... Foi isso que os conduziu até esse inexoravel momento de nosso encontro

Ele desaparece por um breve instante para reparecer sentado na cadeira a frente dos Vampiros... Segurava agora um baralho de tarô...

Meu Atlas, Sr. Jasper, vê muitas coisas... Coisas que já aconteceram... Coisas que estão acontecendo e coisas que nunca vão acontecer... O Atlas é apenas uma metafora de que todos estão fadados a suportar o peso da responsabilidade em seus ombros, e nós não estamos distante disso...

Ele embaralha o tarõ... O dispoe em forma de roseta sobre a mesa e puxa a primeira carta a sua frente



O Louco... O inicio da caminhada... a busca pela compreensão e entendimento... O arcano dos homens sentados nesta mesma mesa agora...O simbolo a tentativa de compreender o fim de nossa espécie

Ele abaixa a carta virada com sua face para cima...

Senhores enquanto conversamos, um dos antigos se levantou, vejo em suas mentes que também o viram no esplendor de sua bestialidade e inumanidade, não o é?

Elliot ouve as palavras do primógeno e encara a carta de tarô... O brilho alaranjado da loucura permeia o ambiente. A aura azul marinha e onírica do caitiff também se espalhava, à medida que ele recolhia traços, lembranças e histórias de livros antiquíssimos para compor a sua próxima indagação.

Ele vira o rei dos Rakshasas. Ele sabia da ligação dos hindus com os Ravnos. Um dos "antigos" disse o primógeno?

"Primógeno, está sugerindo que o devaneio que tive mais cedo e que lhe disse tratar-se do Rei dos Rakshasas era um vislumbre de um antediluviano? O antediluviano dos Ciganos, como nas lendas?"

O caitiff não era tão cético quanto outros Membros, pois ele conhecia muito das lendas do velho mundo... E sua "condição" peculiar lhe colocava em contato com outras entidades igualmente interessantes, que seria o suficiente para abalar um pouco as crenças de neófitos ou vampiros mais jovens no que a realidade lhes mostrava, ou no que o Príncipe poderia manipular.

"Embora eu ache a hipótese interessante, não acredita que um mero conjunto dessas visões não seja precipitado para declarar o fim dos tempos e o levante de tais criaturas?"

Mesmo com a aura psicopata do Primógeno Jasper se sentia tranquilo, como se estivesse em sua própria mente. As falas e movimentações do Malkaviano são seguidas com o olhar, sem o minimo de apreensão. A aura de medo do Ancião era palpável, e Jasper sabia que era a aura que ele emanava, absorvendo as energias da cidade, não era o que o Ancião sentia.

Ele os toca, sussurrando sobre Amtidiluvianos. As cartas diziam que eles, os Loucos, haviam vindo em busca de sabedoria, aparentemente Elliot não era da Familia, mas compartilhava de seu dom, o dom da visão.

Porém, suas palavras trazem ceticismo à conversa, talvez ele tivesse sido muito lavado com as mentiras da Camarilla, a Máscara não servia apenas para os mortais, mas para os Neófitos também. Ele havia vivido entre o Sabá por um tempo, e sabia que os Antigos não eram uma lenda.

"- O que o leva a crer que o que vistes mais cedo foi apenas um devaneio? A emoção emanada pelo grito de mil almas despertando não é algo a ser relevado. Se o Antigo dos Ciganos está de pé, o que pensamos ser verdade pode ser verdade e o que pensamos ser mentira pode ser verdade, e o que pensamos ser mentira pode ser verdade e mentira."

Talvez Jasper não estivesse sendo claro, mas uma emoção daquelas só podia ter dimensões extremas.

"- A Lua de Sangue está sobre nós Elliot Cambry. Sinta como eu sinto a codade, respire o ar e sinta o medo, absorva o medo, precisaremos do medo pro que está vindo adiante, coisa pequena não é. Será interessante observar a mudança de cores das ondas."

Era estranho o modo que Jasper falava, ele não movia seu corpo, não dava expressão ao que dizia, falava apenas com sua boca e cordas vocais, seu rosto permanecia impassível e apenas se virava revezando entre o Primógeno e o outro Cainita, sua voz era inflexível, de um tom único e monótono, parecia ler um texto academico em voz alta.

Hanni Ball ouve as considerações de suas visitas... Ele os ouve sem direcionar sua atenção a eles mas sim ao jogo que colocara à mesa... ele virara dessa vez  as tres cartas seguintes, como se confirmasse o que fora falado





Finalmente ele levanta os olhos para seus convidados, mostrando-lhes as cartas...

Todos os sinais confluem para essa constatação meu caro Elliot... Es versado nas artes nodistas?

Deveis conhecer estes versos...

Quieto! Ouça o grito do corvo!
A quietude do vento que sobe quente na rua,
as torres escondem a escuridão do dia
Quando os sonhos de Lasombra se tornam realidade no dia
quando a lua corre como sangue 2
e o sol sobe o negro no céu, este é o dia o Maldito,
quando as crianças de Caim subirão novamente.
E o mundo virará frio e coisas obscuras se erguerão do solo
e grandes tempestades rolarão, raios iluminarão,
animais queimarão e os corpos deles, cairão retorcidos.
Também, assim nossos Grande sires subirão do solo
e quebrarão o jejum deles na primeira parte de nós,
Eles nos consumirão inteiros.
No segundo dia, Caim retornará e chamará as Crianças dele para o lugar de reunião
no local da Primeira Cidade ele os acenará e se sentará no seu trono de basalto.
E Caim chamará os nomes de todos os destruídos em voz alta,
porque seus crimes são muito grandes
e todos os que consumiram o sangue do coração do sire46
deles serão trazidos ante o Trono Negro
para beber do sangue de Caim, E o sangue de Caim comerá o sangue deles
E a Mãe Sombria 3
irá aparecer, e lá no vale de Enoch, será lá a batalha
um duelo de Pai Sombrio e a Mãe Sombrio. A Rainha dos Demônios morderá profundamente
O Rei Maldito morderá mais profundamente. Nós não saberemos o que acontecerá,
mas o céu será separadamente, e a terra abaixo
E as forças do Inferno se despejarão acima do solo.
No Terceiro Dia, haverá silêncio, os corvos se alimentarão da carne putrefata
pestilência dançará entre as ruínas
os últimos Wild Ones deixarão este lugar
a última das bestas da Lua lutará e cairá
E os Antediluvianos trarão um Império de Sangue que Eles regerão com garras férreas
Eles torcerão os corações de todo o que continuar vivo
E o sol da terra irá nascer e morará na Última Cidade, chamada Gehenna.
E haverá um reinado de mil anos,
e não haverá nenhum amor, ou vida, ou compadecimento,
o poderoso será como escravo o virtuoso será feito sujo toda dádiva boa,
e toda dádiva perfeita será manchada pelo Pai da Escuridão,
cujo poder virá dos reinos inferiores.4
Quando a neve consuma a terra e os canais do sol como velas no vento
então, e só nascerá uma mulher, a última Filha de Eva,
e nela lá estará decidido o destino de tudo.
E você não conhecerá esta mulher, exceto pela marca da Lua nela,
e ela enfrentará deslealdade, ódio, e dor, mas nela está a última esperança. 5
E você saberá nestes últimos tempos,
que o tempo do Sangue Fraco marcará por vampiros que não Podem procriar,
você os conhecesse pelos Sem Clã, que regerão 6
,
você os conhecerá pelo Wild Ones, que nos caçarão até mesmo nas cidade 7
mais fortes
você os conhecerá pelo despertar de alguns primogênitos,
a Velha despertará e consumirá todos 8
você saberá nestes tempos, uma mão negra se levantará
e estrangulará todos os que se opõem a isso 9
quem o sangue do coração florescerá
e os Kindreds irão se juntar com os seus próprio,
e o vitae será tão raro quanto diamantes. 10
Marque estes sinais, eles estão vindo!
Gehenna estará na terra.
Marque, a sombra que voa marca o dragão que sobe 11, marca a escuridão que move,
marca a sombra da marca de lua, o anjo que morre marca o solteiro que lamenta,
marca as crianças Abraçadas, marca os Sem Clã que correm.
E haverá um tempo, quando Sire dirigirá Childer,47
quando Sire abandonará Childer para a clemência do sol
e não haverá nenhuma clemência pelos Sem Clã,
vira-latas entretanto são os Sires esquecidos deles,
será a maldição de Auriel nos Sire odiosos deles,
será a maldição isso de cruzamento de Caim nos Sire preguiçosos deles,
será a maldição dos caçadores caçada
Esses entre o Sem Clã não terão nenhum caminho para não seguir
nenhuma família para nomear
nenhuma geração para segurar
nenhuma tradição para manter
nenhum costume para dar
nenhuma hospitalidade para dar
Por que você fazem estes órfãos?
Por que você os deixam nas ruas?
Eles são a semente escura de nossa abolição
eles atarão junto com os que nos odeiam
eles seguirão os Childers Brujahs
eles farão o sangue correr vermelho
eles vão matar o morto
eles vão comer nossa família
eles gritarão e baterão nossas portas
eles chorarão em voz alta por justiça
Sem Clã, todos, eles lavarão em nossas paredes
Sem Clã, todos, eles saberão caminhos secretos
Sem Clã, todos, eles são a infração de Lilith
Sem Clã, todos, eles são Despertaram recentemente
Sem Clã, todos! Nenhuma família, nenhum sinal, nenhuma lealdade, nenhum elder.12
Seja precavido desses que caminham sem um clã, porque eles serão nossa abolição.
Tenha pena deles! Adote os órfãos onde você puder. Mas os assista.
Neles está a semente ruim do Sire deles.

Supreendentemente o Primogenito recitara todo um trecho do Livro de Nod da propria memória...

Os sinais estão todos ai meus caros... e pressinto que esse abalo em nossa psique é apenas o prenuncio de algo pior

Elliot respira fundo e de seu suspiro, a atmosfera torna-se um pouco menos ocre e mais azulada.

Ele ouviu os dois dizerem o que achavam sobre a Gehenna, sobre o fim dos tempos, o Apocalypse e o fim do mundo. Aquelas histórias não lhe eram novidade.

"Eu agradeço que você tenha prestado atenção ao meu devaneio, mas por quê seria ele diferente de mil outros que tive anteriormente? Boa parte deles não tornou-se real. Então eu pergunto de novo, além de meu sonho com o Rei dos Rakshasas, algum de vocês sonhou algo que talvez poderia levar ao Pai de toda a linhagem dos Ciganos? Há algum contato que diz algo?"

Elliot continua:

"Eu não duvido que haja indivíduos entre nós que tenham familiaridade com essas profecias. Não duvido que o fim do mundo esteja perto, sim, eu sinto a Lua Vermelha, mas tenho certeza que muitos antes de mim já devem tê-la sentido noutros tempos. A maldição de Caim é diferente para todos, eu acredito que sou prova disso. Por favor, vamos retornar aos pontos: O quê vocês sentiram esta noite? Amigo Jasper, você falou sobre a Lua Vermelha. Há algo mais que tenha pressentido, o perigo, o caos? Alguém amedrontador por detrás deles?"


Elliot já havia visto muitas coisas bizarras ocorrerem. Ele não duvidava da existência de um fim do mundo, mas queria ter absoluta certeza e trabalhar com fatores um pouco mais táteis antes de concluir o que o primógeno estava dizendo.

O primogeno olha para Jasper com curiosidade aguardando sua resposta

Enquanto aguarda a resposta, Elliot apenas completa, olhando para Hanni:

" - Por favor, não me entendam mal. Eu respeito essa sabedoria. Eu passo minhas noites consultando livros antigos e buscando tomos e outros artefatos, creio que o primógeno tenha ouvido falar de mim. É que acredito que, ao lidarmos com tão delicado assunto, seja bom nos indagarmos com um pouco de ceticismo para coletarmos melhor as evidências do que temos."

O conhecimento e a memória de Hanni eram admiráveis, Jasper ansiava por memorizar as emoções como ele as memorizava. No entanto o ceticismo de Elliot o deixa com um pé atrás. O Cainita não era da Família e parecia não aceitar sua visão. Tinha o dom e não o aproveitava, ainda ficava nublado do lado de lá do espelho.

Jasper tinha conhecimentos nodistas baseados no que descobrira trabalhando infiltrado no Sabá, muitos dos Sacerdotes buscavam ter o conhecimento que o Primógeno já tinha. Hanni parecia aguardar a resposta de Jasper, que estava calado e impassível, como de praxe, então, sem mudança nenhum no seu tom de voz, que era mais monótono que alguns candidatos à eleição, responde.

"- Eu acredito Primógeno, que o fim está próximo, afinal, se avançamos na linha do tempo, sempre estamos mais próximos do fim. Caro Elliot, senti o peso dos mundos nas minhas costas, senti o Titã se levantando, eu tinha dez cabeças, e podia enxergar o medo do mundo, o medo que só crescia, o medo que essa cidade possui, e é inegável que a face do medo está ali."

Jasper aponta para o céu coberto pelo teto do prédio onde estavam, no exato ponto que estaria a Estrela Vermelha caso estivessem ao ar livre.

O pior tipo de louco é aquele que se leva a sério demais, mas a informação dada por Jasper é importante.

" - Aaah... Então você VIU um ser com dez cabeças..."

Já era algo em comum que ambos tinham e algo que podia ser trabalhado com mais vagar pelo caitiff.

"- Meu sonho foi semelhante... Eu não senti o peso do mundo, mas sonhei com meu passado. E o sonho se tornou um pesadelo, à medida que o ser de dez cabeças engolia a tudo e acordei encharcado em meu próprio sangue, que saía pelos meus poros. Mas vejam, todos os dias meu sono é marcado por pesadelos, em que sempre desperto para outro sonho tão cruel quanto antes, sempre um passo mais próximo do Abismo. Essas eram minhas razões."

Elliot guarda os óculos escuros no bolso interno do sobretudo, mostrando um rosto extremamente pálido, olhos amarelados e o cabelo comprido louro-branco, no alto de seus magros dois metros de altura. Ele tira e segura o chapéu com uma das mãos, e continua.

"- A criatura de 10 cabeças que eu vi me lembrou dos Rakshasas das histórias da Índia, contadas pelos ciganos e pelos Ravnos. O que Jasper mencionou ser um 'titã' pode ser a mesma alusão ao poderio de um rei. O rei dos Rakshasas tinha 10 cabeças, que usava para espalhar o medo e devorar inocentes."

Elliot olha para Jasper:

"- Você sonhou com um despertar. Eu, com um banquete. E ele terminou em meu próprio sangue."