Galeria Perdida - Biblioteca do Oculto (Refúgio de Elliot)

Enquanto vaga pelo hall de marmore o computador do Caitiff demonstra o recebimento de uma mensagem

Prezado,

Com muito prazer me deleito com a noticia de sua chegada... Por favor venha tomar um chá, no Centro Rockfeller as 20:30 hoje, Será meu convidado

Elliot sorri com a resposta do malkaviano.

O caitiff caminha pelos seus aposentos e sussurra, pois não é preciso mais do que isso para que o som vague pelos corredores no silêncio sepucral que ali fazia.

- Estou a caminho...

Essa foi a resposta de Elliot ao primógeno.

- Dorothy, prepare o automóvel, preciso visitar Oz. A cidade carece de um mágico, ao que parece. Vamos esperar que não encontremos a Bruxa Má do Oeste...

O albino gostava de falar daquela maneira.

- Certamente, meu senhor... Mas, onde fica esse bairro?

A garota ruiva do Arkansas ainda não havia pego o jeito de lidar com o vampiro, mas, certamente, ela tinha uma boa vida desde que iniciara seus serviços. Dorothy era formata pelo MIT com honras e sabia como planejar esquemas de segurança virtual. Elliot a havia treinado em outras áreas mais eruditas, como música, esgrima e literatura, mas seus modos ainda demonstravam que ela precisaria de mais prática nesta última.

- Ah, minha querida, algum dia rogo para que me compreenda. Apenas prepare o automóvel para o Centro Rockefeller, vamos partir em breve. Que sorte teria o Mágico, se a Dorothy da história fosse tão inocente assim...

O último trecho, Elliot apenas sussurra consigo. Ele caminha mais um pouco perante seus livros e abre sua cópia do Malleus Maleficarum. A cidade tinha sido arrancada das mãos do Sabá há apenas 14 dias. O albino não se preocupa muito consigo: Já conseguira escapar desses bastardos antes. Mas sua biblioteca e os progressos que tinha feito com suas pesquisas... Para não mencionar sua serva. Aqueles eram preços que ele não estava disposto a pagar.

Passados alguns minutos a Carniçal volta e informa, suas palavras desenhando arcos e cores na mente do Caitiff

Senhor,o veiculo está prontopra descer a estrada de tijolo amarelos

Elliot às vezes era um pouco depressivo. Alguém na posição que ele ocupava teria todos os motivos para sê-lo... Talvez seja esse sentimento que o impulsionasse a buscar tantas informações sobre a sua condição, para, quem sabe, superá-la um dia? Compreender seu verdadeiro significado, sua origem? Eram muitos os mistérios que cercavam a herança vampírica... Mais ainda para ele, pobre diabo.

A voz de Dorothy quebra o breve silêncio com palavras simples que flutuam como pequenas bolhas azuis (a cor favorita do vampiro) pelo ar até chegarem a seus ouvidos. Ela era ótima, não conseguir acompanhá-lo em seus devaneios não o atrapalhava em nada no fim das contas. Elliot não podia desejar uma assistente melhor.

- Ah, ótimo minha querida... Vamos então.

O albino leva suas mãos dentro do sobretudo e verifica se sua adaga de estoque estava consigo. Ele abominava o combate, mas em situações desesperadoras, era uma pequena arma que poderia vir a calhar.
Elliot acompanha Dorothy até a garagem, a carniçal ainda questiona vez ou outra sobre o sistema de comunicações da galeria, que Elliot responde calmamente, como um professor, sempre ouvindo cada palavra da garota como se soasse Over the Rainbow na voz da própria Judy Garland.


OFF: Essa é Dorothy. Porque alguém tem que ser bonito nessa galeria xD

A Carniçal abre a porta para seu Mestre, sempre com um sorriso no rosto... O radio do carro tocava uma antiga musica celta... Nuances de verde e laranja preenchem o veiculo que ganha as ruas atraves de uma antiga saida de ventilação do metro...

O caitiff perde aquele momento sublime quando entra no pesado trafego de Nova Yorque as buzinas e demais barulhos assolavam sua mente com cores caoticas e desencontradas...

Viver em NY são seria tão simples

off: Continua na ruas da zona norte